É difícil descrever em poucas palavras a intensidade que Nana Vasconcelos pode trazer para um concerto. Quando ele chega no palco, a música começa a tornar-se algo  mágico. Nana não só é popular, ele também é um inovador, que tem ampliado o conceito da percussão estendo a tudo o que emite som:natureza, eletrônicos e corpos humanos são os campos onde Nana faz suas experiências, tendo sempre em mente a tradicao musical brasileira. Se você assistir a um concerto de Nana, você vai ver uma banda de um homem só tocando os mais estranhos instrumentos e o público transformado em instrumento também. Antonello Salis é um músico extrovertido e criativo, uma verdadeira força da natureza e também um poeta. Versátil, imprevisível, simples e inovador, um músico completo, ele pode passar de tocar piano para o acordeão com o mesmo estilo fantástico - ele vive para a música com extrema paixão, um devaneio de compartilhar com os músicos e espectadores.Graças ao seu grande senso de ritmo que permite a ele uma auto-suficiência notável, ele geralmente prefere colaborar com percussionistas e bateristas. Peppe Consolmagno, que é considerado o italiano Alter-ego de Nana Vasconcelos, está muito preocupado com a busca de novos sons, substituindo a linguagem clássica de percussões, para criar trilha sonora. Ao contrário de Nana, Peppe parece aproximar-se dos barulhos da nossa civilização urbana, dissecando as reflexões complexas que nascem a partir do contraste entre o desejo de meditar e do ritmo frenético do homem do século XXI. Ele constrói instrumentos para si e para Nana também, ele é um artista surrealista, uma espécie de De Chirico do mundo da música, que transforma o palco em uma oficina de sonhos.

                                       foto Victoria Lourdes Baltodano